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  • Foto do escritorDra. Ana Paula Melo

A Obesidade na infância afeta a criança de modo global


Essa é a conclusão de um artigo científico publicado na Revista Nature em 2009. Nesse artigo ele descreve como a obesidade vai influenciando em cada sistema do corpo de uma criança.


Na verdade, eu sei que você já sabe disso. Todos nós sabemos e temos medo da obesidade. Então por que os números só crescem? Várias respostas são possíveis: negação da família (olham a criança, mas não enxergam), crença que “quando crescer vai emagrecer”, confiança e dependência cega em produtos comestíveis (danoninhxs, todinhxs, bisnaguinxs, chocolatinhxs, balinhxs, etc...), dentre muitos outros.


Antigamente se achava que certos desfechos, como por exemplo o Diabetes Mellitus Tipo 2, só aconteciam na vida adulta. Mas com o aumento do número de casos e com a precocidade que eles aparecem, percebeu-se que não.


Essa epidemia de obesidade em crianças tem encurtado a expectativa de vida dessas pequenas pessoas, que chegaram nesse mundo e não pediram para “comer lixo”. Nenhuma criança nasceu gostando do “lanche do palhaço” ou da “bebida preta”... Tanto isso é verdade que normalmente, quando oferecido pelas primeiras vezes, elas nem comem, mas nós insistimos e elas acabam aprendendo e se viciando.


Dai vem a nossa responsabilidade e necessidade de romper com essa sequência... Fizeram isso conosco e nós precisamos fazer diferente com nossos filhos. Tenho absoluta certeza que, se nossos pais tivessem metade das informações que temos hoje, eles não teriam introduzido na nossa vida, certas coisas.


O estudo aborda mortalidade, doenças cardiovasculares, alterações metabólicas (dislipidemia e diabetes, ex), doenças do trato gastrointestinal (esteatose hepática, ex), problemas pulmonares (asma, apneia, ex), alterações ósseas e problemas psicossociais (depressão, ex).


Na conclusão eles descrevem que as comorbidades que acontecem na infância podem ser muito parecidas com o que vemos nos adultos, colocam que ainda há muitos mecanismos fisiopatológicos que precisam ser desvendados, reconhecem que precisamos de muito mais estudos, que ajudem a traçar estratégias específicas para o tratamento.



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